Primeiramente, é importante definir que ESG é uma sigla referente a nomenclatura em inglês Environmental, Social and Corporate Governance.
- E – Environmental, ou ambiental, é a parte da sigla que diz respeito às práticas ambientais e assuntos relacionados, como a poluição, emissões de gases de efeito estufa e uso abusivo de recursos naturais. Também engloba as questões da sustentabilidade e impacto ambiental direto e direto de todas as atividades da empresa ou organização.
- S – Social, ou social, é a parte da sigla que faz referência aos fatores e critérios sociais e assuntos ligados às questões sociais de uma maneira geral. Não somente o impacto das empresas e organizações nas sociedades onde atuam, mas também sua responsabilidade social e a conduta corporativa relacionada a esses fatores.
- G – Governance, que significa Governança e engloba todas as questões de governança corporativa presentes no ESG. Boas práticas de governança como critérios de desenvolvimento sustentável são essenciais para a obtenção de impactos e resultados duradouros e por isso, o avanço de certas ideias e questões para os meios legais e governamentais são necessários.
Em tradução livre, isso seria algo como Ambiental, Social e Governança Corporativa.
Sendo assim, os fatores ESG ,em si, fazem referência basicamente a práticas, critérios de sustentabilidade e métricas de gestão e liderança capazes de medir os impactos negativos e positivos de empresas, organizações e lideranças de acordo com esses fatores.
Ela é, portanto, uma sigla usada para se referir às melhores práticas de sustentabilidade sociais, governamentais e ambientais de um negócio ou organização social enquanto ela realiza seus compromissos de impacto positivo de acordo com os critérios ESG.
Seu principal objetivo? Provar para gestores e investidores que impacto social positivo, sustentabilidade e lucro são objetivos que não somente devem ser pensados em conjunto, mas que também é possível alcançar todos, sem exclusão de um por fator de outro.
Como surgiu o ESG? Quando surgiu o ESG?
Essas são também duas perguntas muito comuns, bem relevantes e que podem ser respondidas em conjunto. Vamos lá.
O termo ESG surgiu no ano de 2004, através de uma publicação do então Pacto Global, chamada Who Cares Wins, que foi feita através de uma parceria com o Banco Mundial.
Na época, tudo começou quando o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, atiçou 50 CEOs de grandes instituições financeiras com uma provocação sobre como integrar fatores ambientais e de gestão em seus respectivos mercados.
A partir daí, a ESG começou a fazer cada vez mais parte do planejamento, da Gestão Corporativa e do vocabulário de grandes empresas e negócios, tornando-se um indicador de comprometimento social e ambiental.
Por que o ESG é importante?
Em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade ambiental, social e aperfeiçoamento na governança corporativa, é natural que essa demanda acabe se refletindo em diversas áreas e espectros, como a sustentabilidade empresarial.
A sustentabilidade empresarial nada mais é do que o índice que mede o quanto uma empresa é capaz de se desenvolver ao mesmo tempo que respeita às demandas de sustentabilidade ambiental e social dos ambientes onde está inserida.
Empresas que são capazes de demonstrar seu compromisso com o futuro e com as visões e ideais de seus acionistas, estão mais propensas ao sucesso corporativo e também a serem melhor aceitas pelos consumidores finais e parceiros comerciais.
Porém, com tantos agentes, tantos mercados, tantas divergências legais, como, a nível global, seria possível monitorar o empenho e avanço de cada uma dessas variáveis de forma clara e justa? É justamente por isso que o ESG existe e é tão importante.
ESG como medidor do futuro
Não importa se você é uma ONG para resgate de animais no Brasil ou uma metalúrgica na Alemanha. com aplicação de estratégias ESG, todas as instituições podem refletir sobre seu impacto e suas práticas de gestão através de um mesmo escopo de avaliação.
Mesmo que uma empresa não esteja envolvida em ações para diminuir o consumo de energia ou de combustíveis, ela com certeza pode se envolver em outras causas e ações locais que podem gerar impacto e mudanças de verdade em sua realidade socioambiental.
Isso quer dizer que empresas mais engajadas, que geram impacto positivo e que realmente têm a capacidade de avançar nos seus objetivos ESG, conseguem usar esse progresso tanto como medidor interno de performance, como diferencial externo de responsabilidade e compromisso socioambiental.
Muito além de relatórios de ações de sustentabilidade e muito além de discursos, hoje em dia, impactos são medidos, percebidos e avaliados e é por isso que cada vez mais vemos o foco e investimento em setores como o da Gestão Ambiental, Gestão de Resíduos e Gestão de Riscos.
O futuro deixou de ser uma coisa do amanhã e o futuro sustentável já é um desafio de hoje, por isso, cada vez mais, é importante medir, pensar e planejar todos os impactos ambientais de uma empresa ou instituição.
E o porquê? Simples, impactos positivos, sejam eles ambientais, sociais ou de governança corporativa, geram lucro.
ESG e Investimento – Porque investidores estão ligados nisso?
Não deveria ser surpresa nenhuma, só há um motivo supremo pelo qual investidores do mercado de capitais estão tão ligados em ESG e investimentos sustentáveis: lucro.
Empresas e negócios com fortes bases e investimentos em sustentabilidade, têm, historicamente, performances mais robustas, mais lucro e crescimento acional mais previsível, ou seja, são um bom negócio.
Isso também é realidade para empresas brasileiras e é por isso que a cada dia que passa, a integração de fatores e aspectos ESG está cada vez mais atrativa para o mundo corporativo e para investidores institucionais.
O Mercado Financeiro já aprendeu que questões como emissão de carbono, energia renovável, eficiência energética e proteção ambiental não são somente indicativos de preocupação com a natureza, mas também um indicativo de capacidade da alta liderança, de gestão e de inovação.
Em resumo, empresas capazes de criar impactos positivos nessas áreas, demonstram capacidade de gestão e de ação, o que indica capacidade para alcançar as demandas de investidores.
Então, se você é uma empresa buscando por investidores no mercado financeiro, ou um investidor buscando por startups ou fundos de investimento promissores, procurar saber mais sobre ESG, investimentos verdes ou green bonds, é uma excelente maneira de se preparar para o futuro.
Vamos falar mais sobre investimentos e ESG?
Quer saber mais sobre critérios ESG, investimentos ESG ou outro assunto relevante a este artigo? Se inscreva na nossa Newsletter para receber mais publicações como essa direto no seu e-mail!